
Os heterónimos podem ser vistos como a expressão de diferentes facetas da personalidade de Fernando Pessoa e como a manifestação de uma profunda imaginação, criatividade e ficção que desde cedo se revela no poeta - recorde-se que o primeiro heterónimo, o Chevalier de Pas, foi inventado quando o poeta tinha seis anos. Os mais conhecidos e com produção literária mais consistente e constante são, no entanto, outros: Alberto Caeiro, Álvaro de Campos e Ricardo Reis. Mas para além destes heterónimos Fernando Pessoa, desdobrou-se em inúmeros semi-heterónimos e pseudónimos, personalidades com uma biografia traçada com maior ou menor detalhe, personalidades com vidas literárias mais ou menos intensas, personalidades que acompanharam o poeta durante um tempo muito ou pouco significativo e que, quantas vezes, se desdobram elas mesmas em outras.
João Fagundo
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