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sábado, 31 de maio de 2008

"A rima é uma doença do ritmo"

Esta é mais uma daquelas frases a que Fernando Pessoa já nos habituou. Na realidade, pertence a um dos muitos textos ainda inéditos do mesmo autor. Ainda? Sim, pelo menos 200 destes deixarão de o ser a partir do dia 13 de Junho próximo.

De facto, neste momento encontra-se uma equipa debruçada sobre cerca de 1200 títulos (livros, revistas, jornais...) possuídos pela Casa Fernando Pessoa e pela família do poeta. Na liderança do projecto encontram-se dois vultos do Centro de Linguística Portuguesa da Universidade de Lisboa.

A função nobre destes indivíduos - que trabalham sem quaisquer proveitos monetários - consiste em ler e digitalizar o mais pacientemente possível as folhas envelhecidas destas páginas, muitas vezes grafadas à pressa. O tempo passou nelas como uma borracha, dificultando a tarefa.

Ainda que a tarefa seja morosa, os entre 7 e 14 elementos da equipa de decifração esperam ver recompensado todo este esforço quando, passados precisamente 120 anos desde o nascimento do autor de Mensagem, puderem partilhar com os apreciadores de Pessoa, através do site da Casa Fernando Pessoa, as composições que lhes têm dado tanto prazer de interpretar nos últimos 2 meses...

Fonte: DN Online, " 200 títulos da biblioteca de Pessoa 'online' no dia 13" por Isabel Lucas a 30-05-08


Ângela

quinta-feira, 29 de maio de 2008

Felizmente há luar! - Distanciação histórica



Felizmente Há Luar! é um drama narrativo, de carácter social, dentro dos princípios do teatro épico. Na linha do teatro de Brecht, exprime a revolta contra o poder e a convicção de que é necessário mostrar o mundo e o homem em constante devir. Defende as capacidades do homem que tem o direito e o dever de transformar o mundo em que vive. Por isso, oferece-nos uma análise crítica da sociedade, procurando mostrar a realidade em vez de a representar, para levar o espectador a reagir criticamente e a tomar posição.
O teatro é encarado como uma forma de análise das transformações sociais que ocorrem ao longo dos tempos e, simultaneamente, como um elemento de construção da sociedade. A ruptura com a concepção tradicional da essência do teatro é evidente: o drama já não se destina a criar o terror e a piedade, isto é, já não é a função catártica, purificadora, realizada através das emoções, que está em causa, pela identificação do espectador com o herói da peça, mas a capacidade crítica e analítica de quem observa. Brecht pretendia substituir “sentir” por “pensar”.
Observando Felizmente Há Luar! verificamos que são estes também os objectivos de Sttau Monteiro, que evoca situações e personagens do passado (movimento liberal oitocentista em Portugal), usando-as como pretexto para falar do presente (ditadura nos anos 60 do século XX) e assim pôr em evidência a luta do ser humano contra a tirania, a opressão, a traição, a injustiça e todas as formas de perseguição.




João Fagundo

sábado, 10 de maio de 2008

"Manifesto em defesa da Língua Portuguesa"

A respeito do Acordo Ortográfico, que tanta controvérsia tem trazido desde que foi apresentado à comunidade, eis que surge uma iniciativa online que pode interessar a alguns dos nossos leitores.

Trata-se de uma petição contra o acordo, que circula na Internet desde o dia 8 do corrente mês, e já conta com mais de 20 mil assinaturas. Entre os signatários, encontram-se cerca de 19 vultos portugueses da cultura, política e economia, que qualificam a reforma da língua com "mal concebida", "desconchavada" e "desnecessária". As fundamentações do grupo fazem parte da introdução do documento, e estas sim, julgo eu, serão dignas da análise de qualquer parte na discussão.

Portanto, o manifesto deve ser assinado por todos aqueles que: concordam que o ato nunca mais será o mesmo sem o "t"; têm a certeza que o micro-ondas não vai funcionar com o "-" no meio; acreditam piamente que a joia vai desvalorizar quando lhe arrancarem o "´"; e têm medo de encontrar um ipopótamo por aí, sem terem um "h" por perto...

O próximo encontro político sobre o Acordo Ortográfico desenrolar-se-á no dia 15 de Maio, e consistirá num debate que pode ser determinante na ratificação (ou não) do Acordo pelo Estado Português. Se pretende constar da lista de nomes do manifesto em questão, clique no botão abaixo.



Ângela Silva

sexta-feira, 9 de maio de 2008

Os Lusíadas ( o Herói)










O Herói: de acordo com Os Lusíadas, o Herói será aquele que consegue, de forma ousada e corajosa, grandes feitos em prol da Pátria, indo além da sua medida humana.
  • os heróis são símbolos de atitude;
  • São figuras incorpóreas, que ilustram o ideal de ser português;
  • Normalmente os heróis agem pelo instinto, sem terem a visão do sentido e alcance dos seus actos na marcha dos tempos .

Catarina Carreiro

Estrutura Interna d`Os Lusíadas





Proposição:



  • explicita o que o poeta vai cantar;


  • o povo português é o povo colectivo do poema.

Invocação:



  • às musas do Tejo( Tágides);


  • pede inspiração para cantar os feitos portugueses.

Dedicatória:



  • dirigida a D. Sebastião.

Narração:




  • in media res ( significa a acção já vai a meio);


  • a viagem de Vasco da Gama.

Catarina Carreiro

Os Lusíadas



A epopeia Os Lusíadas celebra a acção grandiosa e heróica dos portugueses que dera ínicio ao grande Império que se estendeu pelos diversos continentes. Ao relatar a viagem à Índia, entrecortando-a com episódios do passado e profecias do futuro, mostra a história do povo que teve a ousadia da aventura marítima, " dando novos mundos ao mundo"
Catarina Carreiro