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quinta-feira, 29 de novembro de 2007

Reescrita do Editorial

Como o leitor naturalmente sabe, entre as classes sociais que conhecemos, existem papéis e deveres diferentes. Assim, ainda que os mais abastados provenham de castas nobres, não é exacto afirmar que estes desempenham cargos mais (ou menos) importantes. Comparemos somente as classes sociais a um prédio: os ricos ocupam o andar de cima, que é mais alto e tem uma vista mais abrangente - ou seja, têm facilidade em enxergar mais longe; os pobres habitam o rés-do-chão, onde têm horizontes mais curtos e de uma vista pobre. Na realidade, nem por isso o prédio poderia subsistir sem o andar rés-do-chão (seria fisicamente impossível!), e também não seria considerado "prédio" se não possuísse os andares mais altos!

No entanto, e infelizmente, não é pouco frequente ver os mais abastados tomando os seus inferiores como escravos. Como vimos, isto é extremamente injusto e retrógrado. Um bom trabalho dos operários (no sentido primitivo da palavra) acabará por favorecer o superior, um mau trabalho destes recairá sobre os ombros dos subordinados. Não é evidente que, desta forma, as fundações do nosso prédio se tornam frágeis e debilitadas, e as rubustas paredes superiores desabarão, sem ter onde se sustentar?

E é assim que têm origem as enormes discrepâncias sociais deste Mundo, onde os pobres pedem esmolas e muitos ricos se limitam a recusar-se a dá-las.

Em suma, retenha que muitas vezes não somos possuidores daquilo que nos pertence, quer por usufruirmos de menos do que o justo, quer por gozarmos de mais do que o legítimo. Lembre-se que não somos ninguém isoladamente, e faça justiça pelas suas mãos: se se julga prejudicado, manifeste-se, pois (é estranho, mas é verdade) por vezes os responsáveis não têm consciência das situações que criam - aliás, a si, e a outros que vivam a mesma situação; se, por outro lado, admite que deve a alguém (quem sabe, à própria vida...) muito daquilo que possui, dê!

Distribua tudo o que não lhe faz falta e partilhe as suas vitórias - a verdadeira riqueza não vem em chèque, avalia-se na pureza de um sorriso...

Ângela Silva

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