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sexta-feira, 7 de março de 2008

Como se faz uma dissertação?

Uma dissertação de acordo com o plano dialéctico é um texto muitíssimo útil, uma vez que é útil, não só para expôr e organizar um conjunto de ideias acerca de um tema por escrito, mas também oralmente. Na realidade, consiste numa exposição minuciosa de um assunto doutrinário (entenda-se doutrinário como algo que encerra um modo de pensar).
Numa dissertação formalmente correcta devem encontrar-se os três elementos fundamentais do texto: introdução, desenvolvimento e conclusão.
A introdução é uma abordagem superficial do tema, apresentando o tema a desenvolver e, preferencialmente, a tese a defender.
Segue-se o desenvolvimento, que engloba argumentos e provas da tese, indicados, se possível, por ordem crescente de importância (estratégia para cativar o leitor). Uma boa dissertação deve defender a tese mas também contra-argumentá-la (antítese).
Finalmente, é tecida uma conclusão com base numa síntese das ideias expostas e respectivos argumentos. É sempre interessante deduzir, nesta fase, consequências
para o conteúdo da síntese.
Para melhor assimilar os conhecimentos supracitados, aconselho a leitura deste divertido (mas incisivo) exemplo, da autoria de Wladimir Oliveira (em Português em Dinâmica de Grupo).

"Meus caros companheiros,

Tomei uma decisão importante: não vou redigir nenhuma dissertação porque não tem valor algum para mim. Sei que essa atitude poderá ser mal interpretada e provocar represálias. Estou certo, porém, que vocês irão compreender-me quando analisarem as minhas razões.

Como sabem, sou péssimo aluno - candidato certo à reprovação. Não será, portanto, a falta desse exercício que irá reprovar-me. Por outro lado, tais subtilezas não se coadunam com o meu tipo de inteligência.

Não me venham dizer que o exercício será útil para a minha formação. Suponhamos que eu faço a dissertação. Que significado terá? Nenhum, pois irei fazer uma redacção que nada representará para mim.
Dirão vocês: “Se não fizer a dissertação, nós seremos prejudicados e, por isso, ajustaremos contas.” Ora, todos sabemos que cada qual deve assumir a responsabilidade dos seus actos. Com duas palavras provo isso ao professor e, portanto, o grupo não será prejudicado.

Em suma, como já estou reprovado, como não vou fazer uso desse conhecimento, como não quero perder tempo com trabalho fora do meu alcance, que, de resto , não será útil para a minha formação, como ninguém ficará prejudicado com tal atitude, não vou escrever a dissertação, que não tem valor algum para mim."


Ângela Silva

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