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sábado, 8 de março de 2008

Síntese da Mensagem

Presisas de uma síntese da Mensagem, de Fernando Pessoa? Propomos-te uma muito boa que podes descarregar clicando no link...

8 de Março: o “Dia Triunfal” de Fernando Pessoa

Fazem precisamente hoje 94 anos desde que, de acordo com Pessoa numa carta a Casais Monteiro, se deu a génese dos heterónimos. Na realidade, nem todos os estudiosos acreditam na existência real desse momento fértil; há, pelo contrário, tendência para atribuir a criação dessa data prodigiosa a (mais) um fingimento do poeta…
Seria aceitável assumir que Pessoa criou os heterónimos ao longo de vários dias, quem sabe, semanas ou meses. Por outro lado, não seria de descartar a possibilidade de o Dia Triunfal ter sido inventado para quase mitificar a figura pessoana para a posteridade… Há mesmo dados baseados na astrologia (que tanto fascinava o poeta) que podem ser um indício de 8 de Março ter sido uma data encenada determinada pelo escritor. De acordo com o astrólogo Nuno Michaels, 8 de Março correspondeu a uma conjugação invulgar e rara dos astros, que não se observou nos dias anterior ou posterior, a qual previa um renascimento, um novo rumo da vida, enfim, uma qualquer mudança fundamental. Se o meu caro leitor não acredita em astrologia, é de menos importância para a questão. Importa que Pessoa confiava nela piamente ao ponto de a deixar decidir sobre a sua vida em várias situações. Certa vez, afirmou:


"A astrologia é verificável se alguém se der ao trabalho de a verificar. A razão por que os astros nos *influenciam* é uma questão a que é difícil dar resposta, mas não é uma questão científica. A questão científica é: influenciam ou não influenciam? A "razão por que" é metafísica e não tem que perturbar o facto, a partir do momento em que descobrimos que é um facto".



Apesar de tudo, pode ser injusto duvidar de uma carta que foi escrita por Pessoa para um amigo próximo…
Tendo ou não sido uma data simbólica, tendo ou não sido um dia com 24 horas, o relevante é que houve uma criação e houve uma mudança incontornável a nível da vida de Fernando Pessoa e da Literatura nacional. E esta é razão pela qual prestamos a nossa homenagem ao poeta neste 8 de Março…

Ângela Silva

sexta-feira, 7 de março de 2008

Como se faz uma dissertação?

Uma dissertação de acordo com o plano dialéctico é um texto muitíssimo útil, uma vez que é útil, não só para expôr e organizar um conjunto de ideias acerca de um tema por escrito, mas também oralmente. Na realidade, consiste numa exposição minuciosa de um assunto doutrinário (entenda-se doutrinário como algo que encerra um modo de pensar).
Numa dissertação formalmente correcta devem encontrar-se os três elementos fundamentais do texto: introdução, desenvolvimento e conclusão.
A introdução é uma abordagem superficial do tema, apresentando o tema a desenvolver e, preferencialmente, a tese a defender.
Segue-se o desenvolvimento, que engloba argumentos e provas da tese, indicados, se possível, por ordem crescente de importância (estratégia para cativar o leitor). Uma boa dissertação deve defender a tese mas também contra-argumentá-la (antítese).
Finalmente, é tecida uma conclusão com base numa síntese das ideias expostas e respectivos argumentos. É sempre interessante deduzir, nesta fase, consequências
para o conteúdo da síntese.
Para melhor assimilar os conhecimentos supracitados, aconselho a leitura deste divertido (mas incisivo) exemplo, da autoria de Wladimir Oliveira (em Português em Dinâmica de Grupo).

"Meus caros companheiros,

Tomei uma decisão importante: não vou redigir nenhuma dissertação porque não tem valor algum para mim. Sei que essa atitude poderá ser mal interpretada e provocar represálias. Estou certo, porém, que vocês irão compreender-me quando analisarem as minhas razões.

Como sabem, sou péssimo aluno - candidato certo à reprovação. Não será, portanto, a falta desse exercício que irá reprovar-me. Por outro lado, tais subtilezas não se coadunam com o meu tipo de inteligência.

Não me venham dizer que o exercício será útil para a minha formação. Suponhamos que eu faço a dissertação. Que significado terá? Nenhum, pois irei fazer uma redacção que nada representará para mim.
Dirão vocês: “Se não fizer a dissertação, nós seremos prejudicados e, por isso, ajustaremos contas.” Ora, todos sabemos que cada qual deve assumir a responsabilidade dos seus actos. Com duas palavras provo isso ao professor e, portanto, o grupo não será prejudicado.

Em suma, como já estou reprovado, como não vou fazer uso desse conhecimento, como não quero perder tempo com trabalho fora do meu alcance, que, de resto , não será útil para a minha formação, como ninguém ficará prejudicado com tal atitude, não vou escrever a dissertação, que não tem valor algum para mim."


Ângela Silva

quinta-feira, 6 de março de 2008

A Mensagem de Fernando Pessoa


- Integração de Mensagem no universo poético Pessoano:


Integra-se na corrente modernista, transmitindo uma visão épico-lírica do destino português, nela se salientando o Sebastianismo, o Mito do Encoberto e o V Império.

- Estrutura formal e simbólica de Mensagem:


Mensagem é a expressão poética dos mitos – não se trata de uma narrativa sobre os grandes feitos dos portugueses no passado, como em Os Lusíadas, mas sim, de um cantar de um Império de teor espiritual, da construção de uma supra-nação, através da ligação ocidente/oriente: não são os factos históricos propriamente ditos sobre os nossos reis que mais importam; são sim as suas atitudes e o que eles representam, sendo o assunto de Mensagem a essência de Portugal e a sua missão a cumprir. Daí se interpretem as figuras dos reis nos poemas de Mensagem como heróis mas mais que isso, como símbolos, de diferentes significados.

1ª Parte – BRASÃO: o princípio da nacionalidade (em que fundadores e antepassados criaram a pátria)

- “Ulisses” – símbolo da renovação dos mitos: Ulisses de facto não existiu mas bastou a sua lenda para nos inspirar. A lenda, ao penetrar na realidade, faz o milagre de tornar a vida “cá em baixo” insignificante. É irrelevante que as figuras de quem o poeta se vai ocupar tenham tido ou não existência histórica! (“Sem existir nos bastou/Por não ter vindo foi vindo/E nos criou.”). O que importa é o que elas representam. Daí serem figuras incorpóreas, que servem para ilustrar o ideal de ser português.
- “D. Dinis” – símbolo da importância da poesia na construção do Mundo: Pessoa vê D. Dinis como o rei capaz de antever o futuro e interpreta isso através das suas acções – ele plantou o pinhal de Leiria, de onde foi retirada a madeira para as caravelas, e falou da “voz da terra ansiando pelo mar”, ou seja, do desejo de que a aventura ultrapasse a mediocridade.
- “D. Sebastião, rei de Portugal” – símbolo da loucura audaciosa e aventureira: o Homem sem a loucura não é nada; é simplesmente uma besta que nasce, procria e morre, sem viver! Ora, D. Sebastião, apesar de ter falhado o empreendimento épico, FOI em frente, e morreu por uma ideia de grandeza, e essa é a ideia que deve persistir, mesmo após sua morte (“Ficou meu ser que houve, não o que há./Minha loucura, outros que a tomem/Com o que nela ia.”)

2ª Parte – MAR PORTUGUÊS: a realização através do mar (em que heróis empossados da grande missão de descobrir foram construtores do grande destino da Nação)
- “O Infante” – símbolo do Homem universal, que realiza o sonho por vontade divina: ele reúne todas as qualidades, virtudes e valores para ser o intermediário entre os homens e Deus (“Deus quer, o homem sonha, a obra nasce.”)
- “Mar Português” – símbolo do sofrimento por que passaram todos os portugueses: a construção de uma supra-nação, de uma Nação mítica implica o sacrifício do povo (“Ó mar salgado, quanto do teu sal/São lágrimas de Portugal!”)
- “O Mostrengo” – símbolo dos obstáculos, dos perigos e dos medos que os portugueses tiveram que enfrentar para realizar o seu sonho: revoltado por alguém usurpar os seus domínios, “O Mostrengo” é uma alegoria do medo, que tenta impedir os portugueses de completarem o seu destino (“Quem é que ousou entrar/Nas minhas cavernas que não desvendo,/Meus tectos negros do fim do mundo?”)

3ª Parte – O ENCOBERTO: a morte ou fim das energias latentes (é o novo ciclo que se anuncia que trará a regeneração e instaurará um novo tempo)
- “O Quinto Império” – símbolo da inquietação necessária ao progresso, assim como o sonho: não se pode ficar sentado à espera que as coisas aconteçam; há que ser ousado, curioso, corajoso e aventureiro; há que estar inquieto e descontente com o que se tem e o que se é! (“Triste de quem vive em casa/Contente com o seu lar/Sem um sonho, no erguer da asa.../Triste de quem é feliz!”) O Quinto Império de Pessoa é a mística certeza do vir a ser pela lição do ter sido, o Portugal-espírito, ente de cultura e esperança, tanto mais forte quanto a hora da decadência a estimula.
- “Nevoeiro” – símbolo da nossa confusão, do estado caótico em que nos encontramos, tanto como um Estado, como emocionalmente, mentalmente, etc.: algo ficou consubstanciado, pois temos o desejo de voltarmos a ser o que éramos (“(Que ânsia distante perto chora?)”), mas não temos os meios (“Nem rei nem lei, nem paz nem guerra...”)


João Fagundo

Alberto Caeiro

Para Caeiro fazer poesia é uma atitude involuntária, espontânea, pois vive no presente, não querendo saber de outros tempos, e de impressões, sobretudo visuais, e porque recusa a introspecção, a subjectividade, sendo o poeta do real objectivo.
Caeiro canta o viver sem dor, o envelhecer sem angústia, o morrer sem desespero, o fazer coincidir o ser com o estar, o combate ao vício de pensar, o ser um ser uno, e não fragmentado.

· Discurso poético de características oralizantes (de acordo com a simplicidade das ideias que apresenta): vocabulário corrente, simples, frases curtas, repetições, frases interrogativas, recurso a perguntas e respostas, reticências;

· Apologia da visão como valor essencial (ciência de ver)

· Relação de harmonia com a Natureza (poeta da natureza)

· Rejeita o pensamento, os sentimentos, e a linguagem porque desvirtuam a realidade (a nostalgia, o anseio, o receio são emoções que perturbam a nitidez da visão de que depende a clareza de espírito)

· Objectivismo
- apagamento do sujeito
- atitude antilírica
- atenção à “eterna novidade do mundo”
- integração e comunhão com a Natureza
- poeta deambulatório

· Sensacionismo
- poeta das sensações tal como elas são
- poeta do olhar
- predomínio das sensações visuais (“Vi como um danado”) e das auditivas
- o “Argonauta das sensações verdadeiras”

· Anti-metafísico (“Há bastante metafísica em não pensar em nada.”)
- recusa do pensamento (“Pensar é estar doente dos olhos”)
- recusa do mistério
- recusa do misticismo

· Panteísmo Naturalista
- tudo é Deus, as coisas são divinas (“Deus é as árvores e as flores/ E os montes e o luar e o sol...”)
- paganismo
- desvalorização do tempo enquanto categoria conceptual (“Não quero incluir o tempo no meu esquema”)
- contradição entre “teoria” e “prática”

CARACTERÍSTICAS ESTILÍSTICAS
- Verso livre
- Métrica irregular
- Despreocupação a nível fónico
- Pobreza lexical (linguagem simples, familiar)
- Adjectivação objectiva
- Pontuação lógica
- Predomínio do presente do indicativo
- Frases simples
- Predomínio da coordenação
- Comparações simples
- Raras metáforas



João Fagundo

Texto argumentativo sobre Ricardo Reis sem ultrapassar as cem palavras



Ricardo Reis, poeta clássico, tinha uma filosofia estóico-epicurista devidoà sua educação num colégio jesuíta.
Nos seus poemas está visível a sua filosofia: estóica quando aceita calmamente o seu destino, “Só esta liberdade nos concedem / Os deuses: submetermo-nos / Ao seu destino por vontade nossa”; e epicurista, vivendo intensamente a vida e saboreando todos os momentos, “ Buscando o mínimo de dor ou gozo / Bebendo a goles os instantes frescos” (…)
Em suma, Ricardo Reis preocupava-se em fazer da própria vida uma arte, aceitando serenamente as ordens do destino.





João Fagundo

Texto argumentativo não passando das cem palavras sobre Álvaro de Campos

Álvaro de Campos, nasceu em Tavira, engenheiro naval, formado na Escócia. Era um poeta do futurismo e do sensacionismo .
Para Campos, a sensação é tudo, ele deseja “sentir tudo de todas as maneiras”, onde o Eu do poeta integra e define tudo o que tem existência ou possibilidade de existir.
A obra de Álvaro de Campos passa por três fases: decadentista - exprime o cansaço, tédio e necessidade de novas sensações; Futurismo – que é caracterizada pela celebração do triunfo da máquina e da civilização moderna; Abúlica – que perante a incapacidade das realizações traz novamente o abatimento que provoca uma frustração .
Em suma, Álvaro de Campos mostra nos seu poemas pretende sentir tudo através das sensações.


João Fagundo

quarta-feira, 5 de março de 2008

POTÊNCIA E ACTO

Sem atentarmos na subtileza e na complexidade desses conceitos, importa reter (...) que o acto ( ou actualidade) é a realidade do ser, a actualização de uma potência prévia, mas nõ de uma potência qualquer. Um homem não é potencialmente uma vaca, mas uma criança é pontencialmente um homem.
A mudança é a passagem da potência ao acto.
Na Mensagem, Viriato não é ainda a realidade do ser, mas sua potência. É o ainda não do Ser português ( " a fria / Luz que precede a madrugada"), mas também o no entanto já que o potencia, que o deixa prever, que o faz advinhar ( " E é já o ir a haver o dia").
Do mesmo modo, D. Dinis é " o plantador de naus a haver" e a " fala dos pinhais, marulho obscuro" é " o som presente desse mar futuro", tornando-se ainda mais explícido aquilo que o poema potencia: os pinheiros são virtualmente naus e no seu ondular invisível deixam já advinhar a aventura marítima.
Já Nuno Álvares Pereira pode ser um bom exemplo do estar em acto, no sentido neoplatónico do termo, pois corresponde à perfeição dinâmica de uma realidade; não é movimento nem mudança, mas a fonte duradoura de todo o movimento e de toda a mudança. é, por isso, um arquétipo a imitar:

Ergue a luz da tua espada
Para a estrada se ver!
Vista no seu conjunto, a Mensagem, corroborando uma ideia de José Augusto Seabra, pode ser entendida como à essência da Pátria, como potência que ainda não se transfigurou em acto.
Finalmente, importa ter em conta que as profecias, os anúncios e os avisos representem diferentes graus da explicitação progressiva da potencialidade do Ser nacional.
Antemanhã
símbolos de todas as possibilidades, prenúncio de todas as promessas, a antemanhã encerra a ideia de recomeço do mundo.
Símbolo de luz, é também a expressão da plenitude entendida como possível e, por isso mesmo, ligada à ideia de esperança, de redenção e de vitória.
Na Mensagem, ligada a Viriato, ela simboliza um pouco tudo isso, todavia canalizada para o plano do Ser nacional, ou seja, para aquilo que nos caracteriza como povo. Figuração do ainda noite e já o dia, do não-Ser e do Ser-em-promessa, a antemanhã actualiza-se, em cada revisitação, como possibilidade de passagem das trevas da luz.
Catarina Carreiro

Álvaro de Campos e Alberto Caeiro

Álvaro de Campos retoma em Caeiro a urgência de sentir. Mas para o Peesoa-Campos não lhe basta a "sensação das coisas como são". Álvaro de Campos precisa de "sentir tudo de todas as maneiras".(...) " Assim,(como nos diz Pessoa) aplica-se a sentir a cidade na mesma medida em que sente o campo, o normal como sente o anormal, o mal como sente o bem, o mórbido como sente o saudável. Nunca interroga, sente. é o filho indisciplinado da sensação.

Catarina Carreiro

Álvaro Do Campo

Motivos Poéticos
Fase Decadentista:
  • nostalgia de além;
  • embriaguez do ópio e dos sonhos;
  • tédio e horror à vida.

Fase Futurista:

  • exaltação da civilização industrial;
  • amor ao ar livre e ao belo atroz;
  • apologia de um novo homem, isento de sensibilidade, saudável, amoral, dominador, livre;
  • procura de sensações fortes e modernas.

Fase Abúlica:

  • reminiscência do mundo fantástico da infância;
  • solidâo interior, ângustia existencial;
  • ceptismo e dor de pensar;
  • tédio, náusea, desencontro consigo mesmo e com os outros.

Características do eu poético

  • realismo satírico;
  • poeta futurista, sensacionista e por vezes escandaloso ( segundo Pessoa);
  • defesa de uma estética não aristotélica;
  • poeta da " volúpia da imaginação" e da " energia explosiva";
  • lucidez vs. semi-inconsciência.

Catarina Carreiro

Um texto sobre Ricardo Reis

Só esta liberdade nos concedem
Só esta liberdade nos concedem
Os Deuses: submetermo-nos
Ao seu domínio por vontade nossa.
Mais vale assim fazermos
Porque só na ilusão da liberdade
A liberdade existe.
Nem outro jeito os deuses, sobre quem
O eterno fado pesa,
Usam para seu calmo e possuído
Convencimento antigo
De que é divina e livre a sua vida.
Nós imitando os deuses,
Tão pouco livres como eles no Olimpo,
Como quem pela areia
Ergue castelos para encher os olhos,
Ergamos nossa vida
E os deuses saberão agradecer-nos
O sermos tão como eles.
Catarina Carreiro

Ricardo Reis

A poesia de Reis canta(...) a calma, fruto da ataraxia, a aceitação voluntária do destino invonlutário. O fluir indeferente e irresistível do tempo, que as águas calmas do rio figuram, a inanidade da glória, da virtude e mesmo do amor, que as rosas, frágeis e fugazes, merecem substituir, a iminência da Morte, as mâos abertas e despojadas de tudo, são alguns dos motivos desta poesia, influenciada pela moral estóico e pela filosofia epicurista(...)
Concluíndo: Ricardo Reis situa-se entre o não pensamento de Caeiro e a abulia presente num certo Fernando Pessoa ( e no Campos da última fase).

Catarina Carreiro
e fui eu que fiz as caracteristicas de Ricardo Reis o que está sem nome

Ricardo Reis

Motivos Poéticos
  • efemeridade da vida e do tempo( a ameaça permanente do Fatum, da velhice e da Morte e o sofrimento daí decorrente);
  • tema horaciano do carpe diem ( epicurismo);
  • aceitação calma e serena da ordem das coisas, do Destino(estoicismo);
  • busca da ataraxia ( ausência de perturbação) e da aponia ( ausência de dor);
  • epicurismo;
  • " preocupação em fazer da própria vida uma arte" ( tal como os Gregos);
  • paganismo;
  • sentimento de ser estrangeiro no Mundo.

Características do eu poético

  • amante do exacto, evidencia um espírito grave, medido, ansioso de perfeição;
  • autodisciplinado;
  • neoclassicista formal e ideológico;
  • moralista;
  • epicurista e estóico ( à maneira de Horácio);
  • poeta da razão e da intelectualização das emoções.

Características da sua poesia/ estilo

  • preferência pela ode de tipo horaciano;
  • irregularidade métrica;
  • importância dada ao ritmo como unidade de sentido;
  • linguagem erudita, não raras vezes alatinada ( no vocabulário e na sintaxe);
  • gosto pelo uso do gerúndio;
  • uso frequente do imperativo ( em consonância com a feição moralista das suas odes);
  • estilo laboriosamente construído, pensado.